Bem Vindo

Um espaço para troca de experiências, reflexões, dúvidas referentes ao universo dinâmico e surpreendente do inconsciente.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Quando a Criança é Agredida:

A criança chega em casa da creche ou escola, com hematoma, ou uma mordida, desesperando a mãe, ou o pai num primeiro momento, que questiona como aconteceu e quem foi o agressor? O filho percebendo a preocupação e a atenção gerada pelo fato, relata o ocorrido e o nome do amigo agressor, que em alguns momentos e dependendo da criança pode fantasiar acerca da situação, aumentando a história, ou mentindo a realidade, e inclusive acusando algum coleguinha inocente. Portanto todo o cuidado acerca do que se ouve é necessário, já que o fantasiar faz parte, dependendo da faixa etária da criança.


O primeiro impulso dos pais é aconselhar o filho a revidar a agressão como maneira de se defender, com mordidas também, ou empurrões, ou outro ato violento. Interessante que a idéia de defesa muitas vezes está vinculada a uma vingança,  um "toma lá da cá"," se apanho vou bater também", na verdade uma disputa de poder, de superioridade: -"Que vença o melhor!!!", quando incentivamos os competidores no esporte. Mas parece que assim como no esporte, na vida também vivemos em eterna competição com o outro, com o externo, transmitindo este exemplo, este ensinamento desde cedo aos nossos filhos, seja na escola ou na sociedade.


O resultado são crianças que ao serem vítimas de agressão na escola se tornam as agressoras, à posteriore, instigando e reforçando este tipo de conduta, acreditando que o poder, o maior, vence!! Uma sensação de ser vingado, de superioridade, de soberania e indestrutividade que aumenta com o decorrer do tempo, gerando cada vez mais a necessidade da violência como recurso de defesa.


Podemos proteger, ajudar o filho a se defender, falando, pedindo ajuda a um adulto, comunicando a agressão, em vez de medir forças com o agressor. Evitar a recorrência do comportamento agressivo utilizado como válvula de escape das angústias, frustrações, sofrimentos sentidos. Ajudar a criança vitimizada a lidar com a raiva, ou medo através da comunicação, da verbalização, sem precisar recorrer ao ato.


O agir não resolve, não soluciona o conflito vivido, já que lhe coloca no mesmo patamar do agressor, além de não aliviar o mal estar. Resolver através da fala, o que está encomodando alivia a tensão até então gerada, alcançando um verdadeiro e permanente bem estar consigo próprio, oferecendo a verdadeira força, grandeza e defesa  necessária para a busca de uma qualidade de vida.


Um comentário:

  1. Olá, Vanessa. Tudo bem?
    Sou a mãe do Alessio.
    Vamos manter contato.
    Abraços.
    creggio@hotmail.com

    ResponderExcluir