Bem Vindo

Um espaço para troca de experiências, reflexões, dúvidas referentes ao universo dinâmico e surpreendente do inconsciente.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PSICANÁLISE PARA TODOS: Quando Mudar o seu Filho de Escola?

PSICANÁLISE PARA TODOS: Quando Mudar o seu Filho de Escola?: Na verdade é uma questão mais dirigida às crianças pequenas, já que muitas das vezes não conseguem expressar verbalmente o que as inc...

Quando Mudar o seu Filho de Escola?






Na verdade é uma questão mais dirigida às crianças pequenas, já que muitas das vezes não conseguem expressar verbalmente o que as incomoda, reagindo assim. A criança maior, já consegue verbalizar melhor a sua insatisfação referente a sua escola e ou amigos.


Portanto é importante estar atento a alguns sinais que as crianças manifestem para  comunicar que algo não vai bem, é preciso conhecer o seu filho, a sua mudança de comportamento, de atitude no ambiente.


Frequentemente a criança pequena, digo aquela que está com 1 a 3 anos de idade aproximadamente, costuma a agir, ou melhor a "atuar", a reagir para o ambiente externo quando algo a desagrada. Como por exemplo, reage mordendo, gritando, batendo, chorando, torna-se mais irritada. Portanto, muitas das vezes quando apanhamos os filhos na escola, ele encontra-se amoado, ou choroso, ou muito manhoso. Este pode ser um sinal de muito cansaço, de um esgotamento físico ou mental provocado pelo excesso de atividades impostos pela escola, ou até de exigências feitas visando um ótimo rendimento da criança.


É claro que este comportamento deva ocorrer com frequência para que se possa vislumbrar a ocorrência deste tipo de situação, pois é muito comum e lógico que vez ou outra, a criança encontre-se mais cansada e chorosa, aí entrando o bom senso do adulto.


Precisa-se respeitar a necessidade de cada etapa e desenvolvimento infantil, os seus limites e capacidade num determinado período da vida, pois exigir uma escrita ou uma alfabetização precoce, pode gerar um sentimento de frustração, baixa auto estima, incapacidade, insegurança e discriminação na criança.



Um outro sinal de alerta refere-se quando o  filho começa a falar muito de um determinado amiguinho da escola. Queixando-se de agressão, de insatisfação relacionado a esta criança. Assim, é importante averiguar a queixa com a escola, e caso se confirme, buscar saber as medidas que estão sendo providenciadas nesta situação.
Muitas das vezes a escola evita de tomar uma medida mais firme, fazendo "vista grossa" para o caso, com receio de perder o aluno. Portanto é muito importante estar atento a isto.



Um outro sinal exposto pela criança são os pesadelos frequentes à noite, juntamente com um medo excessivo de ficar sozinha. Neste caso também poderá estar relacionado com a escola, com alguma situação aflitiva que vem enfrentando.


Ocorre também uma certa regressão no seu desenvolvimento, como por exemplo aquela que criança que já desfraldou mas voltou a fazer xixi na calça. Desta forma deve-se evitar repreender, brigar ou castigar pelo fato, já que pode ser a manifestação de um problema enfrentado pelo filho.


Enfim, busque sempre estar presente, junto do seu filho, conversando, perguntando como foi o seu dia na escola, quais as atividades que participou e se está feliz e satisfeito. Caso ele pouco comente com você evitando o assunto, é melhor então começar a averiguar o que pode estar acontecendo e observar os sinais que com certeza serão manifestados por ele. Caso também não seja possível resolver a questão com a escola, então é melhor pensar em mudar de instituição.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Problema que Atinge as Crianças Maiores:

Este artigo que descreverei não é da minha autoria, pois foi uma reportagem exibida num jornal impresso de circulação nesta semana, aqui no Rio de Janeiro. Considerei um assunto muito relevante, apesar de tê-lo escrito aqui em outra ocasião, mas penso não estar sendo redundante, já que revela um acontecimento frequente, corriqueiro e que dependendo de como é enfrentado pelos pais ou responsáveis da criança com este problema, pode ocasionar certos distúrbios emocionais futuros ou pode-se evitá-los, pelo viés de um bom entendimento, informação e tratamento adequado.


Segue o conteúdo:  "Chamado pelos médicos de enurese, problema atinge as crianças com mais de cinco anos:"

"Diariamente crianças apanham por fazer xixi na cama porque os pais não sabem que pode ser uma doença." Afirmou a apresentadora Astrid em seu twitter.... "A falta de controle da urina afeta ainda 2% dos adolescentes e 1% dos adultos jovens.
- Existe um forte fator genético ligado à enurese. A pessoa não consegue reter o xixi porque tem a bexiga pequena ou tem um descontrole hormonal que aumenta o volume de urina produzida durante a noite - explica a presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio, Eliane Garcez......

Quanto mais os pais punem os filhos que fazem xixi na cama, mais ansiosos eles ficam, o que pode agravar ainda mais o quadro.....

-Numa pesquisa vimos que 57% das crianças de uma comunidade do Rio eram punidas pelo xixi na cama. É preciso tirar a culpa dessas crianças. Além disso, a enurese pode ser um alerta para diabetes e outras doenças.....

As áreas que comandam a vontade de fazer xixi e a ansiedade são muito próximas no cérebro. Por isso, o quadro psicológico pode agravar a enurese. Nesses casos, a terapia psicológica faz parte do tratamento."




sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A Culpa pelos Maus Sentimentos:





Outro dia uma jovem estava me relatando a raiva, ou melhor, o ódio que sentia da sua mãe. Ela a responsabilizava  por ainda ser tão infantil, imatura, sem nenhuma segurança para fazer escolher e tomar as suas próprias decisões na vida.


Resumindo rapidamente a história, esta progenitora sempre foi uma figura controladora e superprotetora com a filha, não possibilitando espaço para esta se desenvolver enquanto um ser independente e distinto dela. Portanto a filha necessariamente deveria seguir  os mesmos passos da mãe, e caso ameaçasse tomar rumos diferentes do que havia sido traçado para ela, sofria ameaças veladas de abandono, de perda de amor, obrigando-a a recuar.


Como alguns exemplos, na sua fase escolar com aproximadamente nove ou dez anos de idade, num dos tantos trabalhos de casa solicitados pela escola, era preciso fazer um cartaz com figuras e descrevendo um pouco sobre a geografia de um lugar, algo assim. A jovem tinha uma grafia boa para sua idade, mas não era o ideal de sua mãe, que exigia um desenho impecável ao escrever o título do trabalho em letras grandes na cartolina. Como a menina não atingia este ideal após duas tentativas, a mãe resolveu fazer o título, afirmando que ela não conseguia desenhar tão bonito quanto a mãe e por isto não poderia fazer este tipo de trabalho.


Em toda atitude da filha considerada desagradável pelo ponto de vista da mãe, era imediatamente condenada por esta com uma postura indiferente e de distância, ameaçando a filha de perda de amor (já que era o sentimento mais presente no momento que percebia.)


Voltando ao início, a jovem relatava os sentimentos odiosos que surgiam em alguns momentos de convivência com a mãe, hoje em dia, por invadir a sua vida, inclusive ditando com quem precisa namorar, ou quem ela não pode se relacionar pois irá sofrer muito e se arrepender depois. Esta moça ao me relatar estes sentimentos, ao mesmo tempo apresentava uma culpa muito grande, já que não aceitava ter sentimentos de ódio dirigidos a própria mãe.


O que lhe falei ser absolutamente lógico e coerente sentir este ódio, esta raiva diante do que acredita ter sofrido como consequência em sua vida, e que ainda sofre. O sentir não é sinônimo do realizar, do concretizar, do fazer, se sinto ódio e penso até na morte daquela pessoa, não necessariamente ela vai morrer         devido a esta ideia. Mas o interessante que nos acomete, é esta sensação onipotente que temos, assim como  quando éramos bebês, que o pensamento extrapola o seu limite, invadindo o externo, o mundo fora, se materializando.


Portanto, a jovem acreditava que caso mantivesse aquele ódio dirigido a mãe, seria responsável por qualquer agravo ou dano que a mãe viesse sofrer, inclusive a sua morte. Diferentemente de alguns casos que sentem a raiva e resolvem em vias de fato, como a mãe que mata um filho, ou filho que ataca a mãe. Nestes casos encontramos graves distúrbios mentais ou psicopáticos que necessitam de reclusão e tratamento.


Com exceção destes casos, o pensar, sentir por si só não será responsável por nenhum acontecimento maléfico com aquela  pessoa de que estamos em desagrado ou até não gostamos, apesar de algumas crenças, religiões afirmarem o contrário, assim como o pensamento negativo, ou a inveja que pode atacar e até destruir o outro ou nós mesmos. Mas tudo isto faz parte do aspecto onipotente presente em todos nós.


Podemos sentir raiva, ódio de alguém, podemos portanto identificar e entendermos os sentimentos para assim conseguirmos lidar e viver melhor com estes percalços de nossa vida.


 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Colesterol alto em Criança:

Muito importante realizar o exame de sangue precoce em seu filho, pois cada vez mais aumenta o índice de colesterol alto, ou diabetes em criança pequena. Quanto mais precocemente detectar estas doenças, melhor o seu tratamento.


O colesterol alto não se manifesta com nehum tipo de sintomas, apenas pelo exame de sangue. Além disto, a criança também não precisa estar acima do seu peso, obesa para desenvolver a doença, pois fatores genéticos, ou até o estilo de vida sedentário, alimentação inadequada com muita oferta de gordura, açúcar também contribui para o seu surgimento.


Assim que se descobre é importante mudar os hábitos alimentares da criança, com frutas, cereais integrais, leguminosas, feijão, lentilha, por exemplo. Realizar um acompanhamento nutricional adequado, além de atividade física frequente. Alguns especialistas recomendam o uso da medicação como o último recurso possível, após a tentativa dos outros recursos, pois a sinvastatina, a substância responsável pela queda do colesterol no sangue, possui certos efeitos colaterais. Por isto é recomendado um período curto do uso da medicação em criança, e a sua dose reduzida a medida que obtém resultados frutíferos.


Há dez anos atrás não pensaríamos nesta possibilidade de doença em crianças, e portanto os pediatras não tinham o costume de solicitar o exame de sangue. Mas parece que com o tempo, com a mudança de certas rotinas, ou realidades sociais e familiares, com a busca de um sustento, com a incidência cada vez maior do mercado de trabalho, de uma competição por uma vaga, ou por uma promoção, um aumento da renda, obriga que pai e mãe permaneçam a maior parte do seu tempo ausente da casa, do lar,  da família.


A criança muitas das vezes é deixada em casa com empregada, babá, assistindo televisão, ou no computador, internet, sentada a maior parte do tempo, tentando amenizar o vazio sentido pela ausência do pai ou da mãe naquele momento.  Fora a esta situação, há toda uma expectativa também cobrada acerca do seu rendimento escolar, muitas das vezes uma exigência que ultrapassa a possibilidade da criança.


Enfim, precisamos estar atentos aos vários fatores que podem contribuir para o desencadeamento da doença, assim como os genéticos, hereditários e emocionais, psicológicos. Não devemos fechar os olhos para a nossa nova realidade que insiste em se mostrar.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mais Uma Etapa:

A experiência do desfraldar à noite é como se fosse um retorno àquela fase inicial que acreditávamos que não voltaria mais, a não ser é claro com o nascimento de um novo bebê. O despertador fica programado de tempo em tempo durante a madrugada, lembrando a imperiosa necessidade de acordar o seu filho para levá-lo ao banheiro. Caso não consiga acordar, ou ainda acredita-se que depois de urinar uma quantidade que poderia encher uma piscina olímpica (exageros à parte), resolve-se dar um espaço maior de tempo entre as idas ao banheiro, e para a sua surpresa, a criança apresenta-se inteiramente ensopada no início da manhã.


Esta é a nova fase que enfrentamos a partir do segundo ano de vida da criança. Li alguns artigos e pesquisas a respeito, mas não há um consenso acerca do início exato do desfraldar noturno, a não ser no que tange ao seu início, mas além disso, cada criança terá o seu tempo para começar. Algumas já solicitam o tirar a fralda, sinalizando assim o seu preparo para tal, mas outras não, e caso seja forçada a começar, ela pode apresentar algumas resistências, como até a constipação sendo muito prejudicial.



O importante é evitar a ansiedade acerca do assunto, como os comentários de outros pais, até as cobranças da família ou da escola para haver logo o desfraldar. A criança capta e percebe muito bem esta ansiedade e movimento dos pais ou seus responsáveis e pode se utilizar disto como uma forma de manipular, chamar a atenção ou até, como já mencionei, desenvolver uma dificuldade de evacuação. Isto ocorre em alguns adultos que apresentam certos rituais, manias, no momento que vão ao banheiro, como por exemplo, ler alguma coisa, ou ouvir rádio, e há aqueles que não conseguem ir a um banheiro estranho, diferente de sua casa.



Necessário também não repreender a criança, nem castigá-la  caso escape o xixi não dando tempo de ir ao banheiro. Caso ocorra esta situação, entenda a dificuldade e o momento da criança oferecendo apoio e conforto. Uma dica muito importante, é evitar o início desta fase em momento de mudanças, assim como mudança de casa, ou de trabalho, ou de escola, enfim qualquer coisa que provoque uma alteração na rotina da criança, já que esta necessita de uma rotina para o seu bom desenvolvimento emocional.


Caso tenha iniciado o desfraldar e a criança não está conseguindo se adaptar, não há nenhum impecilho em interromper o processo e esperar mais um tempo para reiniciá-lo. Caso isto seja necessário converse com a criança a respeito explicando que vocês podem adiar este momento sem problemas e que esperará ela se sentir a vontade para tirar a fralda.


Antes de iniciar o desfraldar também é interessante propor a criança a situação podendo então sentir se será possível, pois se está disposta a lhe ajudar com isto. Caso contrário, não insista e espere mais um tempo. No final tudo caminha para um resultado bom e feliz por ter concluído mais uma etapa dentre tantas que ainda faltam.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Que Nos Mantém Ligado a Alguém?

Nossas relações são constituídas por identificações. Desde os nossos primórdios nos identificamos com os nossos pais, ou com uma outra figura cuidadora embutida desta função. Percebemos, identificamos traços, manias, jeitos, gestos, semelhantes e as vezes idênticos dos filhos com os pais, ou avós, tios. Muitas das vezes, esta identificação é transmitida por geração, pelo código genético, como um olhar, uma mexida na boca, ou no nariz, assim tal qual o avô, ou bisavô falecido.


Vamos nos moldando, nos construindo através desta herança e da relação que estipulamos com as pessoas que nos rodeiam. E parece interminável este molde, esta criação, este desenvolvimento, pois permanecemos nos construindo até a fase adulta, através das nossas amizades e relação amorosa com namorado(a), marido, ou esposa, até retornar ao começo com os nossos próprios filhos.


O fato é que muitas vezes escuto a seguinte indagação: "O que me prende a esta pessoa? Porque não consigo sair desta relação que me machuca, que me faz sofrer?" Costumamos responder estas questões implicando a pessoa nesta dificuldade de romper a relação, portanto, por conveniência nossa, por não querermos assumir a parcela de culpa nesta escolha que fizemos de relação, acreditamos que o outro é inteiramente responsável pelo mal que nos acomete.

Na verdade identificamos no outro o que já existe em nós mesmos, o que conhecemos e gostamos, caso contrário, não nos identificaríamos. Assim como não faz o menor sentido, buscando uma explicação racional, mantermos uma relação que é baseada num controle e ciúme excessivo por parte do outro, caso não nos fosse muito conhecido estas características em nós. Duro ter que encarar esta verdade!!! Mas somente assim, poderemos realmente fazer algo de bom para nós mesmos, para a nossa vida.


Pense bem...... Se o seu marido, ou esposa é ciumento, possessivo, controlador, e lhe incomoda com as obsessões, perseguições e você ainda mantém a relação não conseguindo se desvincular, pergunte para si mesmo o porquê? Reflita internamente se há algum destes aspectos que também mantêm, mas como estão sendo identificados no seu parceiro, você não precisa manifestar e encarar como pertencendo a você também. Caso negue este pensamento, então pense que não faz sentido manter algo que não gosta, repudia, ou lhe faz mal. Será que você permanecerá comendo uma comida de que não gosta, ou repudia? Pode comê-la num momento ou outro, mas com certeza não comerá com frequência.

Vamos começar a nos conhecer melhor???