Bem Vindo

Um espaço para troca de experiências, reflexões, dúvidas referentes ao universo dinâmico e surpreendente do inconsciente.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Tirar a Fralda:

Simbolicamente esta nova fase marca mais uma separação da relação única e simbiótica mãe e bebê. Além do lidar com o concreto, ou melhor, com a rotina do educar a criança a usar o banheiro, o vaso para fazer suas necessidades fisiológicas, há o lidar subjetivo, psicológico envolvido da mãe.


Cada fase é irrompida pela sensação de perda, de vazio, de falta de controle por não mais precisar amamentar, ajudar a engatinhar, a andar, a comer, e agora a trocar a fralda. É verdade!!!! O meu bebê está crescendo, ou seja, não é mais bebê, é uma criança!!!!! Como lidar com esta constatação?? Sinto angústia, culpa e ansiedade por estar dividida entre o desejo íntimo em fixar, estagnar o tempo cronológico, e a realidade necessária do prosseguir com o tempo, ou seja, de crescer.


O filho cresce e a mãe acompanha e estimula o crescimento dele e o seu próprio. Não há como parar o tempo ou retardá-lo, precisamos seguir em frente, caminhar por mais sofrido que seja. Parece simplório, corriqueiro o fato em si do tirar a fralda se não soubéssemos da existência de um mundo psíquico, um mundo emocional, subjetivo, responsável na maior parte do tempo pelos nossos atos, movimentos, comportamentos.


Este mundo pode nos favorecer no enfrentamento do novo, como também nos perturbar contra este progresso através de uma postura ansiosa e aflita que se decodifica em mal estar pela mudança, pela quebra da rotina. Portanto filho e mãe vivenciarão conflitos, angústias, resistências na rotina do ir ao banheiro.


Alguns conselhos para lidar com a nossa angústia me foram conduzidos, como: Evitar em questionar minha filha sobre a sua vontade em ir ao banheiro; aproveitar o momento do término de uma brincadeira para conduzí-la ao vasinho; estipular um tempo para oferecer a ida ao banheiro; não recriminá-la quando não conseguir fazer suas necessidades no vasinho terminando por fazer na roupa; buscar ir ao banheiro junto com ela, já que procurará me copiar por identificação. Enfim, alguns atos concretos e principalmente a conscientização do amadurecimento fisiológico e emocional, além da  paciência, tolerância, e pouca expectativa é possível vencer mais esta etapa da separação "mãe e bebê".

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