Bem Vindo

Um espaço para troca de experiências, reflexões, dúvidas referentes ao universo dinâmico e surpreendente do inconsciente.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Educação:

Possuímos a tendência a compulsão à repetição da nossa educação com os nossos filhos, por vezes com críticas em algumas atitudes e comportamentos que os nossos pais nos prestaram mas a herança sem a genética, ou seja, a reprodução dos atos, das palavras, das atitudes, clama mais alto.


Acredito que desde precoce a criança necessita ter o contato com a educação mais básica através da nossa rotina que ela tenderá a imitar. Como por exemplo, guardar os seus brinquedos após brincá-los, jogar um papel no lixo, escovar os dentes, lavar as mãos antes e após as refeições. Lembro da dificuldade que enfrentei para a minha filha escovar os dentes, buscando todos os recursos e informações viáveis para tal. Claro que com a sua introdução na creche tornou-se um grande facilitador, mas em casa permanecia a resistência. Por fim, resolvi a minha ansiedade escovando os meus dentes com a sua observação, o que lhe causou um absurdo interesse em me imitar transformando numa nova brincadeira que curtímos juntas todas as manhãs.


Percebe que um ato a princípio imposto aumenta a resistência da criança até a sua negação completa, muito observado  ao nosso redor. Quando transformamos no brincar, despertamos o interesse, a vontade, a disposição da criança para tal, o que era reconhecido como obrigação, e portanto, chato, agora é realizado com gosto, que muitas vezes a criança solicita para brincar, como no caso da minha filha que pede para escovar os dentes, já que se tornou um momento nosso, que estamos compartilhando algo em comum, estamos próximas, juntas.


Mantenho a educação que me foi transmitida, mas de uma forma distinta da dos meus pais, assim como não utilizo das palmadas como correção, já que não acredito nesta palavra. Não corrijo minha filha, apenas mostro a importância dos bons atos, que nos mantém próximos das pessoas, nos socializam, já os "maus" atos (se posso chamá-los assim), nos isolam, além de poder nos causar danos físicos. A intenção não é gerar medo pela punição, pelo castigo por não cumprimento de uma lei imposta, mas sim uma conscientização da existência de valores, de normas importantes para o bem estar pessoal e social.


Necessário esclarecer que cada criança tem sua maneira de funcionar e portanto sua forma de apreender a educação, não existindo uma fórmula única para todos. Por maior conhecimento teórico que se tenha, o que vai valer nesta inter relação é a intuição da mãe com o seu filho, o seu conhecimento emotivo a respeito de qual a melhor maneira de fornecer o bem à ele.

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